1 de abril de 2011

O dia em que o menino não quis mais mamar

Só depois de 36 horas a minha ficha caiu: Téo não queria mais mamar no peito. Foram seis meses de amamentação exclusiva e mais 3 meses e meio de amamentação com alimentação complementar. Total: 9 meses e 17 dias dando de mamar a qualquer hora, em qualquer lugar, por todo o tempo que ele quisesse. Tudo bem que nos últimos meses a coisa era mais tranquila, com duas mamadas por dia, uma de manhã e à noite. Mas, no comecinho, eu chegava a passar 10 horas por dia com Téo no peito.
O que para algumas mães é sinônimo de dor e desconforto, para mim sempre foi bem tranquilo. Tá, no comecinho incomodou um pouco. Mas passou. E aí amamentar virou aquele momento especial de contato íntimo entre mãe e filho. Tudo bem, tem outros jeitos de estabelecer o vínculo com o rebento, mas não existe nada mais prático que tirar o peito para fora e saciar a fome de um bebê chorão.
Eu criei até um ritual: pegar um copão de água gelada, o controle da TV, o celular, prender o cabelo, lavar a mão, pegar o bebê, sentar na poltrona com a almofada de amamentação, dar mamar. Cheguei a passar mais de uma hora direto assim. Assistindo à TV, acessando a internet do celular, às vezes comendo chocolate, mas, principalmente, admirando a coisa mais linda do mundo: o Téo mamando.
E aí, um dia de manhã ele não quis mais. Virou o rosto, chorou, me empurrou. À noite, também não. E na manhã seguinte, a mesma coisa. Cheguei a colocar o peito na boca dele, numa última esperança de tentar ativar aquele instinto de sucção, como fiz quando ele tinha acabado de sair da barriga e não entendia o processo de mamar. Foi em vão.
Chorei. Foi o segundo cordão umbilical cortado! Senti um vazio. Ainda mais que aconteceu poucos dias depois de eu ter contratado uma babá. De repente, eu tenho tempo livre. Muito tempo. Beeem mais do que estive acostumada nos últimos quase dez meses. Dá até para escrever um blog!
Então, para não terminar o primeiro post com essa melancolia toda, vamos aos aspectos positivos: agora posso tomar cafeína, beber álcool e tomar remédios! Não bebo café, nem sou alcoólatra e só tomo remédio com prescrição médica. Mas ainda assim essa “liberdade” em relação ao que vou “ingerir” é uma novidade e tanto. Posso tomar bastante chá verde, chá mate, chá preto e todas as variações que amo. Posso tomar mais que meia taça daquela vinho bem gostoso, experimentar um drinque diferente e brindar com bastante champanhe no casamento da Camila na semana que vem. E posso tomar o remédio que for melhor para mim, para sarar mais rápido, em vez daquele que “pode ser tomado por lactantes”.

Para melhorar: posso sair bem cedinho para dar aula sem me preocupar com a mamada do Téo. “Será que ele vai acordar?” “Será que vai dar tempo de mamar o suficiente?” E vou poder voltar bem, beeem tarde para casa! É, tem suas vantagens...

PS: Pena que não vou poder mais comer uma barra de chocolate por dia sem engordar... Pelo menos vou ter tempo para começar a malhar! J

4 comentários:

  1. Já já o Téo arruma uma namoradinha, como o tempo passa!

    E ow, quer dizer que podemos sair pra encher a cara com... hum... dois chops? As vantagens de ficar muito tempo sem beber, hehehe.

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  2. Bem-vinda à blogosfera!!! EEE! Já tem uma leitora a mais. Olha, não reclama do Téo, que esse menino é um ANJO. Cara, João quer mamar o tempo inteiro. Ele detesta fruta e quase não gosta de comer. Fora isso, por mais que eu tentasse faze-lo dormir quando era bebezinho menor, só consegui estabelecer uma rotina de sonecas ao coloca-lo pra mamar ate relaxar e finalmente adormecer. Até hoje, só dorme assim! É bom dar de mamar, sem dúvidas, mas bem que eu queria que João fosse mais parecido com Teozinho nesse ponto!

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  3. Zezito, já sei o que quero! Um appletini! Onde tem? Estou totalmente por fora do mundo "alcoólico"!
    Maria Clara, que bom que está aqui! Eu acho que a diferença básica entre Téo e João é que João é muito esperto e cheio de energia! Téo é preguiçoooooso demais, até pra mamar. Hehe... A minha pediatra disse que a maioria das crianças não quer largar o peito mesmo. Agora, Téo parou do nada, sem "aviso". Vai que João acaba te surpreendo uma hora dessas dizendo "não" para o peito, hein... :)

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  4. Acho que tem appletini em um lounge chamado LIV Lounge que fica no Life (um desses resorts residence na beira do lago). Nunca fui, mas queria conhecer. Que tal? Acho que funciona no almoço também.

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