18 de abril de 2011

Como me tornei deselegante

 
Quando ainda me restava um pingo de dignidade fashion

Não sou uma grande entendida de moda, mas sempre tentei seguir o bom senso na hora de me vestir. Nunca fui escrava fashion, mas gosto de saber as tendências. Na falta de um orçamento adequado para o guarda-roupa dos meus sonhos, invisto em peças mais básicas, com uma coisa ou outra diferente para dar uma ousadia ao visual. Com a maternidade, tudo isso foi por água abaixo.
Durante a gravidez, fui adepta da regra “menos é mais”. Até o quarto mês, é mais fácil, porque dá para comprar roupas “normais” um número maior. Daí em diante, complica. Na falta de peças bonitas e confortáveis adequadas para as medidas roliças, optei por coisas bem básicas: preto, branco, legging, vestido, batinha...
Não me venham dizer que existem lojas especializadas em gestantes. Pelo menos as daqui de Brasília só têm coisas horríveis, com preços exorbitantes. Uma legging pode custar quase R$200! Muito semelhante àquela que a gente compra na Zara por R$40... Só que mais feia! Paguei uma pequena fortuna numa calça jeans com elástico na barriga, que precisou de ajustes para não parecer que eu estava vestida num saco de batata e que me serviu por duas semanas...

Roupinhas pretas sempre ajudam

Depois que eu superei essa fase de tentar comprar tudo, e ficar t-u-d-o horrível, usei durante seis meses só o kit maternidade que minha sogrinha me deu de presente. Obviamente, ela comprou em São Paulo. Tinha uma saia preta, uma calça preta, uma blusa preta, uma faixa preta e um vestido... preto! Tudo muito versátil e confortável. Eu ia combinando com outras peças e estava sempre bem razoável.
Últimos dias de barrigão
Depois que Téozito nasceu, a coisa complicou. E eu que pensava que nada poderia ser mais difícil de vestir que uma mulher com um barrigão desproporcional de nove meses de gestação... Mas tem algo consideravelmente mais difícil: uma mulher inchada de pós-gestação, com dois peitos cheios de leite! As roupas de maternidade ficavam folgadas, as de antes, rá rá rá... não cabiam nem em sonho! Além de nada do guarda-roupa me servir, ainda tinha que pensar em como amamentar! Tudo tinha que ter botão ou uma alça bem fácil de abaixar! Teve um vestidinho estampado que minha irmã me mandou parar de usar porque ela já não aguentava mais ver... Eu usava, lavava. Na próxima saída, colocava de novo.
Eu não conseguia nem comprar roupa. Primeiro porque rolava aquela pressão: vou emagrecer e caber nas minhas antigas peças! Depois porque era difícil achar algo que não marcasse a barriga enorme, que permitisse amamentar, que não fosse curto, nem justo, nem decotado, alças largas para esconder o sutiã de amamentação, que desse para usar cinta por baixo... Acho que só um saco de batata ficaria bem! De preferência tampando a cabeça também...



Um comentário:

  1. Nossa, é bem assim mesmo! Meu Deus, depois que João nasceu, eu só usava dois vestidos, hahaha. Comédia! Hoje, eu não agüento nem olhar pra eles. Vou doar pra minha cunhada grávida. Ainda bem que ela mora láááá na Alemanha. Hahahahaha!

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