26 de abril de 2011

Bebê 1 X 0 Hemagioma

Nessa nossa última ida a São Paulo, tivemos uma excelente notícia. A Dra. Heloísa disse que Téo está tão bem que podemos suspender o remédio que ele tomava duas vezes por dia para controlar o hemangioma. A resposta dele ao tratamento com o propanolol foi muito boa: o normal é parar com o remédio quando a criança completa um ano. Ele está com dez meses.
Agora, temos que acompanhar para ver se o hemangioma volta a crescer. Ainda existe essa chance. Mas se voltar, basta retomar a medicação. A doutora disse que nunca mais a situação de Téo será alarmante como foi. Mesmo que não cresça, o acompanhamento é importante, porque a tendência daquelas células voltarem a se multiplicar loucamente está lá, no DNA do hemangioma...
Vamos voltar a São Paulo daqui a quatro meses. Se estiver tudo bem, podemos começar a avaliar a possibilidade de fazer o tratamento com o laser específico para esses casos, que destrói só as manchas vermelhas, sem danificar a pele. Só lá tem esse laser. É importante alertar quem tem filhos com hemangiomas que os outros tipos de laser, os que tem aqui em Brasília por exemplo, não servem para esses casos.
Aliás, é impressionante a falta de informação dos médicos daqui de Brasília sobre hemangiomas. Teve um dermatologista, famoso por aqui, que queria injetar corticóide com uma seringa na boca do Téo!!! Dra. Heloísa disse que isso teria provocado a morte de todo o tecido da região, o do hemangioma e a parte saudável, provocando uma enorme cicatriz no bebê! Aff, só de pensar tremo toda...
Para não falar só dos médicos, a falta de informação nos pais também causa “estragos”. Muitos veem o bebê melhorar e suspendem o propanolol por conta própria, prejudicando a recuperação da criança. Outros preferem seguir o conselho ERRADO, mas muito mais prático, de esperar para ver. E ficam vendo o hemangioma crescer, crescer, na expectativa de que um dia “puff”, desapareça sozinho sem deixar marcas.
No hospital, na quarta-feira passada (20/04), Téo conheceu Ana Clara. À primeira vista ela poderia estar lá só acompanhando alguém. Quando a mãe puxou conversa comigo é que descobri que ela também teve um sério hemangioma. Agora, com quase dois anos, tem só uma marquinha na boca, que dá pra ver quando a gente chega perto. A mãe, cujo nome eu nem sei, virou minha “melhor amiga”, naquele sentimento de compaixão que une quem passa pelo mesmo perrengue. Antes de entrar no consultório, disse: “Quem sabe eles não viram namorados no futuro?”...

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